Por Águida
São Paulo – Tenho certeza que algumas vezes você já deixou de assistir a filmes por saber que ele era uma produção nacional. Quem dirá ir ao cinema para assistir a uma animação nacional!
Existem muitas animações voltadas ao público infantil que são apresentadas em canais de TV por assinatura em formato de episódios. Temos como exemplo “A turma da Mônica” e o famoso “Peixonauta”. Mas aqui vamos abordar as animações voltadas ao cinema.
O nosso histórico de animações começa em 1996 com “Cassiopéia”, de Clóvis Vieira, passando por “Presente de Natal” (1971), Álvaro Henrique Gonçalves, “Sinfonia Amazônica (1951)”, Aneli Latini, e tantas outras bem antigas, que inclusive são bem difíceis de achar na internet.
Mais à frente temos a animação do “Grilo Feliz (2001) ”, de Walbercy Ribas, que conquistou as crianças e teve muito sucesso. Em 2013, temos a animação “Minhocas”, filme de Paolo Conti e Arthur Nunes, uma obra infantil benfeita, mas que rapidamente caiu no esquecimento.
As animações nos anos seguintes mudam o foco e os temas abordados. Começam a pensar, não só no cinema nacional, mas no cenário cinematográfico internacional e nas grandes premiações. Aproveitam também para criticarem a nossa sociedade.
É o caso da animação “Uma história de Amor e Fúria (2013)”, de Luiz Bolognesi, que inclusive venceu o Annecy International Animated Film Festival, na França, e a mais recente animação “O Menino e o Mundo (2014), de Alê Abreu, que, inclusive, concorreu ao Oscar de melhor animação do ano. Perdeu para “Divertidamente”, que contou com um orçamento de US$ 700 milhões, contra US$ 2 milhões de “O Menino e o Mundo”, deixando gritante a diferença de orçamento.
Falta de reconhecimento
As animações brasileiras voltadas para o circuito de cinema sofrem de um problema recorrente: não são reconhecidas aqui, mas fora do país são aclamadas e constantemente premiadas. Apesar de todos esses prêmios, nossos animadores contam com poucos ou nenhum recurso subsidiado pelo governo, e nossas animações ainda permanecem no anonimato no pais. Como vimos acima no histórico de animações.
É preciso buscar mais incentivos públicos e privados, e investir mais em divulgação dessas animações no país, com festivais de cinema nacional, por exemplo. Pois, para ser sincera, eu mesma não conhecia essas animações!
Cabe também ao público brasileiro buscar essas animações, assistir, incentivar, indicar e assim prestigiar as belíssimas animações que são feitas no nosso pais!
Aqui mesmo você já conseguiu muitas dicas do que assistir. Bom filme!
Referências bibliográficas
http://www.cinepipocacult.com.br/2016/01/animacoes-brasileiras-que-voce-precisa.html
http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2016/02/160210_menino_oscar_rp
Realmente! Fiquei surpresa por não conhecer nenhum dos filmes e animações citados. É de se admirar que o reconhecimento só aconteça lá fora ao invés de terras tupiniquins. E tanta coisa boa!
Alô, Brasil! Precisamos dar voz, visão e público aqui também.
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